sexta-feira, 23 de julho de 2010

Viva a individualidade!

"Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor


Eu fui na Penha, fui pedir ao Padroeiro para me ajudar
Salve o Morro do Vintém, Pendura a saia eu quero ver
Eu quero ver o tio Sam tocar pandeiro para o mundo sambar



O Tio Sam está querendo conhecer a nossa batucada
Anda dizendo que o molho da baiana melhorou seu prato



Vai entrar no cuzcuz, acarajé e abará.
Na Casa Branca já dançou a batucada de ioiô, iaiá



Brasil, esquentai vossos pandeiros
Iluminai os terreiros que nós queremos sambar



Há quem sambe diferente noutras terras, noutra gente
Num batuque de matar



Batucada, Batucada, reunir nossos valores
Pastorinhas e cantores
Expressão que não tem par, ó meu Brasil



Brasil, esquentai vossos pandeiros
Iluminai os terreiros que nós queremos sambar
Ô, ô, sambar, iêiê, sambar...



Queremos sambar, ioiô, queremos sambar, iaiá"
(Brasil Pandeiro. Composição de Assis Valente. Gravada pelos Novos Bahianos)

O Brasil é uma terra mestiça e como tal, temos pessoas das mais diversas tonalidades de pele e tipos físicos. Assim, não faz sentido considerar belo apenas um único tipo físico e cor de pele, buscando ter aquele perfil, que atualmente é algo como a boneca Barbie.
E este não é um tema limitado às mulheres, mas também aos homens pois essa ditadura da beleza também acaba por afetá-los, levando-os a limitar suas escolhas a um grupo de mulheres, excluindo as demais do conceito de "bonita". Embora os homens prefiram um perfil de mulher diferente do que as mulheres idealizam, também podemos considerar isso um padrão. E todo padrão de beleza é um desrespeito a quem não se enquadra nele.
Assim, visando conscientizar as pessoas de modo a motivá-las a respeitar as diferenças (as próprias em relação aos padrões e também as dos outros em relação a si mesmo), iniciamos o Belle Farfalle, abertos a ouvir idéias que venham agregar valor ao projeto.
Este projeto não terá base em nenhuma religião específica, respeitando pessoas também em relação à variedade de crenças existentes em nosso país.
O respeito às diferenças é o primeiro passo para uma sociedade mais digna, mais poderosa e mais produtiva.
A valorização das diferenças é um passo posterior, quando se valoriza o "eu" e também se valoriza o "outro", mesmo - e principalmente - quando o outro é diferente do eu. E é aí que queremos chegar. Na valorização do eu e do outro, no respeito às mulheres, na igualdade real.
Mulheres que respeitam a si mesmas são mais independentes, tendo condições de viver sem depender financeiramente dos pais, do marido ou outro "provedor". Assim, tomam decisões mais conscientes em relação à sua própria vida. Decisões sobre ter ou não ter filhos, quantos filhos ter, casar ou não, com quem casar, o que estudar, em que área trabalhar e várias outras ficam totalmente em suas mãos e, assim, elas terão de buscar informação e apoio para sustentar tais decisões que são significativas para seu futuro. Um futuro que, nessas condições, estará nas mãos delas. 
Partindo-se do princípio que cada pessoa é responsável por seus atos, nada mais justo e correto do que dar condições para que, de fato, cada pessoa seja totalmente responsável por suas decisões e arque com as consequências delas. Nada mais justo e correto também que proporcionar condições de igualdade entre homens e mulheres. Igualdade nos direitos e deveres. Igualdade que já existe no papel mas não na prática. Na prática ainda há muito a ser feito para que essa igualdade exista de fato.
O primeiro passo está dado. Vamos juntos seguir em frente, rumo a um país realmente democrático, que sirva de exemplo para o mundo, que faça o "Tio Sam" interessar-se por muito mais que nossa batucada e nossa culinária.

Vanessa Versiani
Personal Stylist e Palestrante
Criadora do projeto Belle Farfalle
vanessaversiani@yahoo.com.br

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